quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Querido Pai Natal 2

Querido Pai Natal,

Confesso que nunca acreditei em ti.
Logo em pequeno surpreendi o meu pai com um saco de presentes a caminho da chaminé da cozinha (uma daquelas antigas, de pedra, que é tão comum nos prédios dos anos 20) e desde então tu deixaste de existir. A dizer a verdade nunca te conheci.
Hoje sei que foi o materialismo dialéctico do meu pai que o fez adiantar-se-te na sua pressa de me por prendas na chaminé. Dai nunca te ter escrito nenhuma carta.
Até há umas semanas atras, aqui em baixo...
Imaginarás a minha surpresa quando recebi a tua resposta no meu email:

“Querido Martini Man
Agradeço a tua carta e tenho o prazer de te informar que farei os possíveis para satisfazer o teu pedido, uma vez que tens sido um menino muito bem comportado:
A prenda que tenho em mente tem 1,67m - 38 anos e posso dizer que é elegante (49kg para fazeres uma pequena ideia). O cabelo é comprido, escuro com madeixas louras. ..../...”

Não fazes ideia do meu espanto... Tanto por afinal ter sido bem comportado (mesmo “muito” dizes tu...) como por efectivamente não só responderes, como fazeres entregas durante todo o ano. Para não falar do excelente bom gosto que tens. É efectivamente uma bela rapariga...

A partir desse dia, ver-te de trenó voador puxado por renas passou a ser tão factual como o Concorde ou um Ferrari: Raros, mas reais!



Um grande abraço, beijos às renas e os habituais caramelos os elfos.

Teu

Martini Man
PS: Já passou o prazo de devolução e a prenda não tem defeitos. Ela diz que tem mau feitio, mas não acredito. Para dizer a verdade, rasguei a guia de remessa no dia que a vi, e acho que fiz muito bem.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Querido Pai Natal - por Fax, o Barman

Querido Pai Natal,

Espero que esta carta te vá encontrar de boa saúde.

Há coisas que nunca mudam. Basta olhar para a forma como te cumprimentei, a mesma de sempre.

Mas também há coisas que mudam. Já estarias tu a pensar que esta carta vem tarde demais, mas não te preocupes:

Este ano não quero que me tragas nada!

Nada, rien de rien. Pode ser que no próximo ano compense e te peça montes de coisas, mas desta vez estou numa de fazer tudo sozinho. E olha que vou ser bastante generoso comigo mesmo! Tenho um monte de auto-presentes na calha, monte tal que faz o Rudolfo pensar que carregar o teu trenó, afinal de contas, é coisa para meninos.

Porquê? Acima de tudo porque me sinto capaz. Depois, porque de vez em quando é preciso fazermos uma sondagem por nós próprios, a todos os níveis, e perceber se se tudo à nossa volta desabasse nós seríamos capazes não só de nos mantermos de pé mas também de voltar a erguer tudo de novo. Tal coisa deve dar uma paz interior impressionante, e é disso que estou à procura.

Por isso, se precisares tu de alguma coisa, avisa. Também mereces.

Grande abraço!
Fax, O Barman a quem trazes sempre presentes, mesmo quando se porta mal

PS: Moço, em 2010, I'm bringing sexy back!